Páginas ao vento

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Papai Noel inadimplente, … não interessa! Eu quero meu presente!

As Graças


A Nádia comentou que seria bom se nevasse no natal, sob calor de 33º ia combinar com o espírito natalino, ou torná-lo pequenino. Tudo no frio fica pequenino! Na falta da neve, pintei minha casa, por dentro, de branco sereno. Tudo quase pronto para o Natal!
No supermercado vi o preço do pernil defumado: inviável! O perú a 10 reais o quilo, parece barato, mas a peça vai a 42 paus: inviável! Fiquei muito comedido neste ano paradão, imagine que vou gastar 50 paus numa coisa dura e congelada, fora a quantidade de água que, saiu no jornal, a indústria têm injetado nas aves.
Com esse calor de arrasar e a chuva borrasqueira, até pé de alface tá uma fortuna! Mas esta não é uma coluna econômica. Então, o que estou falando aqui é de pura observação dos fatos. Violência e consumo, já antenados pela Alba Zaluar há mais de uma década, dão o tom deste final de ano.
Peço ao Papai Noel que traga um saco enorme, cheio de Coerências: musas gregas filhas de Tétis e Oceano. Gostaria que outras musas debandassem geral, tais como Ironia, Angústia, Desespero e Crueldade, apenas para citar algumas. Gostaria que Justiça e Harmonia se fizessem presentes pra alegrar nossas vidas.
Estou fazendo meus presentes de Natal, para algumas pessoas especiais que encontrarei na ceia. Coisas inúteis do ponto de vista de utilizá-las para algum serviço ou divertimento. Coisas de se olhar, … de se cheirar, ... de ficarem expostas, como que observando o tempo passando por sobre nossos ombros. Coisas fora do tempo e do mercado. Coisas de valor pessoal e íntimo. Algumas, apenas um bilhete, outras, um beijo que fique na memória, como o beijo de Maria do Carmo quando eu tinha 8 anos de idade. Um simples beijo na testa que trago fresco, ainda, após 45 anos. Isso é que é presente!
Alegria de viver a todos vocês e até o ano que vem.

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